Ao decretar a ontem a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o juiz Sérgio Moro determinou que, em razão da "dignidade" do cargo que ocupou, o petista tenha a oportunidade de se apresentar voluntariamente à Polícia Federal, em Curitiba, até as 17 horas de hoje. Pela mesma razão, Moro proibiu o uso de algemas "em qualquer hipótese" e ordenou que Lula cumpra a pena em uma espécie de sala de Estado-Maior, na Superintendência da PF da capital paranaense, reservada e separada dos demais presos.
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Lula foi condenado em segunda instância, em janeiro, a 12 anos e 1 mês no caso do triplex do Guarujá (SP). Anteontem, o Supremo Tribunal Federal negou um habeas corpus preventivo ajuizado pela defesa do petista, que pedia que a ordem de prisão só fosse executada após o trânsito em julgado, ou seja, quando fossem esgotados todos os recursos possíveis.
que a defesa pretendia ingressar no tribunal de Porto Alegre na semana que vem - tem caráter "protelatório", e não altera a sentença.