4 anos, já chegou ao local e será ouvido pelo juiz ainda nesta quinta-feira (08). Gabriel foi morto quando saía de uma pensão no Centro e seguia para o cursinho.
A mãe, o pai e demais familiares de Gabriel seguram cartazes com pedidos de Justiça. Janaína Nogueira, mãe do estudante, diz que a prisão trouxe alívio para a família, mas o crime não tem perdão e não acredita em arrependimento.
"Ele não pode ficar solto, pois pode tirar a vida de outra pessoa que ameaça o ambiente que ele estiver. A prisão fez uma diferença muito grande. Não tínhamos certeza que ele ia ser achado. Confio na Justiça do homens e na de Deus que ele ficará preso. Se eu pudesse, acabava com o mundo. Quero que Deus faça com ele como fez com Caim que matou Abel: o amaldiçoe. Que ninguém toque em um dedo para que ele viva penando aqui na Terra e com a consciência pesada por ter tirado a vida do meu filho", desabafa Janaína Nogueira.
A mãe, que aniversariou na última segunda-feira (05), diz que a dor é imensa e está "tentando viver um dia de cada vez".
"Eu não acredito em arrependimento. Peço todo dia a Deus para me ensinar a perdoar, mas ainda não consigo. Não perdoo porque ele teve a oportunidade de não fazer. Não está sendo fácil. Estou tentando viver um dia de cada vez para superar a saudade. Esse ano não teve abraço dele no meu aniversário e nem declaração de carinho no Facebook", desabafa a mãe.
A aposentada Gladis Nogueira, tia-avó de Gabriel, é uma das mais tristes. A senhora que tem 74 anos de idade chora copiosamente.
"Eu vejo o Gabriel todos os dias. Era um menino muito carinhoso. Não me conformo. Sou a mais revoltada e ele ainda veio pedir desculpas com aquela cara miserável e aquele cabelo esticado. Acho que tentou mudar a cara. Mas a polícia foi muito inteligente. Todo mundo de Teresina e de Caxias tá revoltado. O Gabriel era um menino bom. Ele me chamava de tia-avó, me abraçava", disse a aposentada.
Graciane Sousa
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